sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Descomplicando. Axiomaticamente simples


Ufa... Já passou.

Sei lá, de tempos em tempos meu lado obscuro vem tomando cada vez mais conta de mim. Expressa-se como um poeta frustrado desconexo, em meio a palavras tortas, inteligíveis e insensatas que só ele entende (e eu, infelizmente).

É meu lado defensivo, tal qual Susanoo com espada Kusanagi, matando um dragão-de-água. É louco, mas efetivo. Me protege, enquanto tento resolver sozinho (como sempre fiz, nesses 30 anos) os problemas internos, sufocando-os, junto com outros sentimentos que não soube lidar durante a vida.

É como lixo nuclear. Enterra-se. Isola-se. Esquece-se. Ficam lá, simplesmente. Não há o que fazer com eles, mas eles não somem.

(Que bom que blogs existem, pois perdi a conta de quantos cadernos e livros escolares perdi com esse escritor angustiado)

Três dias de intensa agonia, iniciando como um lamento tortuoso e acabando como um samba de verão. Nasce da mágoa e loucura, morre na música e poesia. Até mesmo uma simples desavença em um transporte público em massa vira uma crônica imprecisa.

Uma simples discussão sobre o que será assistido (novela x reportagem) vira uma enxurrada de palavras entristecidas; a visão de toda uma vida de um garoto que sempre passou à frente do aparelho televisor, enquanto o mundo lá fora passava despercebido. Foi obrigado a crescer, vendo seu precioso Castelo de Greyskull ser levado embora... e como ele queria ele de volta.

Por fim, o alívio vem em forma de um samba amoroso. Não retrata verdadeiramente uma perda de amor, mas sim a tristeza em ver um problema sufocado, com cada vez mais sentimentos internos entulhados, tudo num lugar só. Tem espaço, mas um dia explodirá. Não estou sofrendo por uma perda de amor, para os curiosos.... nem tenho tempo para isso.

Espero que minha esposa saiba interpretar quando ler... senão tô frito (rsrsrsrs). É licença poética, amor. Te explico, se me perguntar. É METAFÓRICO, não quer dizer aquilo que realmente está se lendo. É puro sofrimento, sendo aliviado por um mero paliativo de efeito placebo.

Desculpem, sei que assustei os poucos (8) leitores do blog. Mas é só. Até a próxima crise, que aparece sempre que há forte pressão externa.

Voltamos à programação normal.

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